Piracicaba é a oitava maior geradora de emprego no Estado
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Piracicaba foi a 8ª melhor do Estado de São Paulo em geração de empregos formais durante o mês de maio, apontou o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
A cidade teve admissão de 6.328 trabalhadores no período, contra 5.581 desligamentos, saldo que é positivo em 747 vagas. O resultado é o terceiro melhor para o mês desde 2003, ano em que foi iniciada a série histórica do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
O bom desempenho da cidade na geração de empregos está ligado ao início da safra da cana-de-açúcar, que impulsionou o setor agropecuário, acelerando as contratações.
O segmento foi o maior criador de vagas, preenchendo 661 novos postos de trabalho com carteira assinada. Em seguida vem a área de serviços, com 141 novas vagas e a construção civil, com saldo de 47 vagas geradas no mês. Em contrapartida, a indústria de transformação teve mais demissões que admissões, cortando 125 postos de trabalho no período.
Outros segmentos como o comércio e a administração pública tiveram pouca variação, mas ainda assim conseguiram manter índices positivos.
O coordenador do banco de dados socioeconômicos do curso de ciências econômicas da Unimep, Francisco Constantino Crocomo, destacou que o resultado apontado pelo Caged para maio foi bastante representativo, mas lembrou que as contratações puxadas pela agricultura são sazonais e não devem continuar alavancando o nível de emprego nestes patamares nos próximos meses.
Ele lembrou ainda que, no acumulado do ano (de janeiro a maio), foram criadas 1.912 vagas, sendo o segundo pior resultado registrado desde o início da safra histórica do MTE.
“A indústria de transformação passa por um período de incertezas, em consonância com os problemas na indústria brasileira. Quem contribuiu para o saldo positivo em maio deste ano foi a agropecuária, em grande parte em virtude da safra da canade-açúcar, mas também destacamos os setores de serviços e da construção civil”, disse.
Crocomo ponderou que, apesar dos números ruins da indústria de transformação, não dá para se falar em crise porque 2014 tem sido um ano muito atípico, com Copa do Mundo, além das eleições em outubro.
Ele comentou ainda que a cidade tem um mercado dinâmico e que outros setores acabam absorvendo os profissionais dispensados pela indústria, embora a remuneração nem sempre esteja nos mesmos patamares. No acumulado do ano, o segmento já cortou 661 postos de trabalho.
“A expectativa é que o setor de transformação venha a receber estímulos e que os agentes da economia, envolvendo Governo e empresários, possam se reunir e estabelecer um política mais sólida para o setor. Esperamos certa estabilidade nestes números até o final de ano”, comentou.
ESTADO — Segundo dados do Caged, em todo o Estado de São Paulo, foram gerados 13,2 mil postos de trabalho formal em maio, uma expansão de 0,10% com relação ao mês de abril.
A agricultura também foi a propulsora, com criação de mais de 15 mil vagas, impulsionada pelo cultivo da laranja e do café.
Houve bom resultado também na área de serviços, cujos saldos superaram os resultados negativos da indústria de transformação, que dispensou cerca de 8,7 mil no período, e da construção civil, com cerca de 5,6 mil dispensas.
Ainda conforme o Caged, Botucatu teve o melhor resultado do mês em todo o Estado, com 1,7 mil novas vagas geradas. Entre as cidades que mais contrataram estão ainda Bebedouro, Pontal, Guarulhos, Mogi Guaçu, Santo André e Capela do Alto.
Matéria: Jornal de Piracicaba