Piracicaba é a 9ª cidade do país com maior renda familiar, aponta estudo

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Piracicaba é a 9ª cidade do país com maior renda familiar entre os municípios do Interior, mostrou ranking baseado nas Projeções Sociodemográficas 2015 da Geofusion, empresa de geomarketing. Segundo o levantamento, as famílias piracicabanas têm renda média de R$ 5.608, o que supera em 43% a média de rendimentos da família brasileira, que hoje é de R$ 3.900.

A receita de Piracicaba também é maior do que a renda média das famílias de capitais e de regiões metropolitanas, que é de R$ 4.982. O ranking apresentado é formado somente por cidades que não são capitais e têm mais de 100 mil habitantes. O estudo leva em consideração dados do Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), além de informações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e do Potencial de Consumo elaborado pela consultoria IPC Marketing.

Das dez cidades listadas no ranking, oito são do Estado de São Paulo. As quatro primeiras colocadas são Valinhos, com renda familiar média de R$ 7.651, Santos (R$ 7.487), Jundiaí (R$ 6.853) e Campinas (R$ 6.283).

“Piracicaba tem se destacado nos últimos dez anos por conta de sua atividade econômica diversificada. Uma economia que antes se concentrava em dois setores atualmente tem empresas nos segmentos automotivo, sucroalcooleiro, de papel e celulose, alimentício, metal, além de serviços e comércio”, afirmou o economista Ivens de Oliveira, professor do curso de ciências econômicas da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba).
 
Segundo ele, a potencialidade econômica de Piracicaba atrelada à mão de obra qualificada, a um parque tecnológico e à oferta de universidades refletem na geração de renda. “Em linhas gerais, o crescimento econômico de Piracicaba na última década fomentou o aumento da massa salarial e, consequentemente, do potencial de consumo. Mesmo com uma recessão econômica, a cidade mantém uma das maiores rendas familiares do Brasil”, relatou.

O potencial de consumo da população piracicabana apontado pelo IPC Marketing figura como o 17º maior do Estado e o 56º do país, como mostrou recentemente o Jornal de Piracicaba. Segundo o levantamento, a classe B (famílias com renda entre R$ 4.852 e 9.254 mensais) é predominante no potencial de consumo da cidade, com fatia de 42,9%. Em seguida figura a classe C (renda entre R$ 1.625 e R$ 2.705), com movimentação de 30,3%. “As classes C e D foram as que perderam mais potencial de consumo nos últimos anos”, disse Oliveira.


Stefanie Archilli (Jornal de Piracicaba)