Cristóvão é um dos 5 maiores clubes do Estado
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Para Orlando Pereira, o Tato, presidente do CCRCC, o clube é como se fosse “uma cidade dentro de outra cidade”. De certa forma, ele tem razão. São 18.000 sócios e se fosse mesmo uma cidade, Cristóvão Colombo seria maior que Charqueada e bem maior que Águas de São Pedro, por exemplo. Os 180 funcionários, na hipotética cidade levantada por Tato, poderiam ser parte da administração e o próprio presidente seria, obviamente, o prefeito desse município tão gracioso.
Os sócios, como habitantes da cidadezinha, tem papel fundamental na história do CCRCC. “Eles nos prestigiam em todos os segmentos do clube, em qualquer atividade que fizemos, seja de esporte, cultural ou social. Procurei, nessa gestão, ter um contato mais direto com o sócio. Ouvimos e trabalhamos com ele e, apesar de ser um trabalho muito intenso, porque aqui é uma cidade dentro de uma cidade, com abertura e a aproximação que demos, tivemos um retorno muito grande. Se eu fosse definir o Cristóvão em uma palavra, seria minha segunda casa. Estou aqui diariamente e minha família também diariamente está aqui. Minha esposa, meus dois filhos. É um clube cheio de histórias e eu faço parte delas há 30 anos”, afirmou Tato.
Para o vice-presidente José Galesi Filho, muito mais do que a segunda casa, o Cristóvão é sinônimo de paixão. Paixão essa que ele aprendeu a gostar ainda em 1981, quando se tornou sócio. “Estamos aqui porque realmente gostamos, temos um amor especial pelo clube. E não falo só dos sócios, mas dos diretores também. Temos a responsabilidade de uma empresa, mas não ganhamos por isso (os cargos não são remunerados) então o que define estarmos aqui todos os dias é o amor”, ressaltou.
Tato e Galesi estão na segunda gestão do clube. Mas antes deles, 24 presidentes e muitos outros vices estiveram no comando. O Cristóvão Colombo nasceu em 1917, com o nome de Circolo Italiano Cristoforo Colombo, fundado pela colônia italiana de Piracicaba. As cores do clube, predominantemente verde e vermelha, entregam a descendência.
Com o passar dos anos, os italianos fundadores, no entanto, decidiram doar a construção aos filhos brasileiros e assim nascia, em 23 de outubro de 1938, o Centro Cultural e Recreativo Cristóvão Colombo.
O primeiro presidente do Cristóvão foi o advogado e professor de Latim Dario Brasil. O clube ficava em um prédio na esquina das ruas Governador Pedro de Toledo e São José.
Nos anos 60, na gestão do presidente Ermor Zambello, o prédio dava os primeiros sinais de que precisaria de uma nova sede. Eram muitos sócios e o espaço começava a ficar pequeno. O terreno escolhido, doado por Luciano Guidotti, prefeito na época, foi onde está a sede administrativa do Sindicato dos Metalúrgicos atualmente.
Logo depois, emenda da Câmara de Vereadores acabou transferindo o endereço para a esquina das ruas Governador Pedro de Toledo e Prudente de Morais, onde hoje é a sede centro do clube. Através de bailes e ajuda de pessoas e empresas, a reforma da nova sede foi concluída e o Cristóvão Colombo começou a despontar como um dos melhores clubes sociais da região e ganhou o apelido de Palácio Encantado, por conta das festas glamurosas que realizava na cidade.
A sede campestre veio em 1970, na gestão de Leonel Faggin e o clube se tornou um complexo com 160 mil metros quadrados de áreas de lazer, cultura e esporte. Hoje, Cristóvão Colombo é um dos cinco maiores clubes do Estado de São Paulo, título conquistado e orgulhosamente mantido por todos aqueles que fazem parte de sua história.
Por: Jornal de Piracicaba