Greve acaba e bancários voltam ao trabalho segunda

terça-feira, 15 de outubro de 2013


Os bancários de Piracicaba e região decidiram sexta-feira (11/10), em assembleia, encerrar a greve. Na segundafeira, o atendimento nos bancos volta ao normal. A paralisação da categoria durou 23 dias e, em Piracicaba, houve o fechamento até dos caixas eletrônicos. Os bancários conquistaram reajuste de 8% sobre os salários e benefícios, 8,5% sobre o piso salarial (ganho real de 2,29%) e 10% sobre o valor fixo da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

Participaram da assembleia realizada ontem à tarde pelo Sindban (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região) 216 bancários de nove bancos instalados em nove cidades da região. “A proposta só foi vitoriosa em função da forte greve, graças aos bancários que aderiram ao movimento e lutaram por seus direitos”, disse o presidente do sindicato, José Antonio Fernandes Paiva. De acordo com o Sindban, a greve deste ano foi a mais longa dos últimos 20 anos. Na região, das 176 agências bancárias que são atendidas pelo sindicato em 22 cidades, 152 aderiram à paralisação, ou seja, a greve atingiu mais de 85% das agências da base do Sindban.

“A grande vitória dessa negociação foi o fato de que os bancos queriam que os grevistas repusessem todas as horas paradas, mas ficou negociado que vão realizar uma hora extra a mais por dia, até 15 de dezembro. Ou seja, só serão repostas 29% das horas paradas”, disse Paiva.

Foram aproximadamente 16 horas de negociação entre a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e o Comando Nacional dos Bancários, que começou quinta-feira (10/10) à tarde e terminou somente na madrugada de sexta. A proposta inicial dos bancos era a de compensar todos os dias de greve, mas houve resistência e a proposta evoluiu. Além dessa conquista e dos reajustes sobre os salários e benefícios, também ficou acordado entre os bancos e bancários a proibição de os bancos enviarem SMS aos seus funcionários cobrando resultados, abono assiduidade de um dia por ano e adesão ao programa de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50 por mês.

Por: Jornal de Piracicaba