Onde cabem dois (nem sempre) cabem três
quinta-feira, 24 de abril de 2014
Um dos principais aspectos que um lar deve promover aos moradores, com certeza, é o conforto. Isso porque, diante da rotina da família, que se divide entre trabalho e estudos, a sensação de acolhimento que uma casa promove ao chegar o fim do dia é um gancho importante para resgatar as energias.
Para quem pensa em adquirir um novo imóvel, além de requisitos como localização e preço, o tamanho ideal para o perfil da família também é algo a ser levado em consideração.
De acordo com o professor e coordenador do Curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) Emilio Antonio Amstalden, o momento da compra de um imóvel para moradia familiar deve avaliar as necessidades do grupo em termos de espaço para convívio (sala), alimentação (sala de jantar, cozinha americana), comodidade nos quartos, espaço para estudo, quantas pessoas ocuparão cada quarto e a comodidade do casal.
“Questões como estas devem ser avaliadas, aliadas ao preço do investimento versus benefícios, e por fim, que caiba no bolso do comprador, com base na renda mensal da família. Outro detalhe importante a ser levado em consideração é o tamanho da família, que nas últimas décadas teve alterações relevantes. Dados estatísticos mostram que a família brasileira girava em torno de 3,8 pessoas, na década de 1980. Atualmente, considera-se algo em torno de 1,8 pessoas por unidade residencial. A conclusão que se tem é que o tamanho dos imóveis será determinado pela tendência do tamanho do grupo dentro de um horizonte de tempo”, explicou.
A noção de espaço social em metros quadrados ideal para cada perfil de família, ainda de acordo com Amstalden, é bastante subjetiva, já que vários fatores devem ser avaliados, como a mobilidade das pessoas no interior de um recinto, por exemplo.
“Também deve-se considerar que boa parte das pessoas, de modo geral, passa maior tempo no trabalho, restando um terço de seu tempo para o descanso, o lazer e o convívio familiar. Essa avaliação é diferente para uma realidade familiar que conta com crianças de zero a dez anos, que requerem mais espaço para lazer”, pontuou o profissional.
Os padrões da maioria dos imóveis residenciais lançados atualmente, na avaliação do professor, são de unidades com dois e três quartos, sendo o primeiro representado por aproximadamente 80% dos imóveis ofertados.
“Na prática, observa- se poucos lançamentos com quatro quartos. Geralmente, as unidades de três quartos são oferecidas em tamanho entre 70 e 150 metros quadrados, incluindo a suíte do casal, que se tornou quase um pré-requisito no momento da compra do imóvel. Já os imóveis de dois quartos, têm sido oferecidos com área construída variando entre 45 a 70 metros quadrados. Evidentemente, que imóveis dentro de determinados programas habitacionais podem variar de padrão de metragem, conforme os objetivos propostos nos projetos.”
A diferença mais importante, no entanto, está nas necessidades da família, seja em requisitos como lazer, segurança, localização ou comodidade.
“A questão da segurança é um fator relevante nos dias de hoje, o que faz muitas famílias buscarem imóveis dentro de condomínios fechados, quer verticais (prédios), quer horizontais (residências). A segurança residencial, hoje, é um custo benefício a ser levado em consideração antes da compra”, completou Amstalden.
Por: Jornal de Piracicaba