Imóvel como alternativa de Aposentadoria
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Gustavo Junqueira
gustavo@imobiliariajunqueira.com.br
gustavo@imobiliariajunqueira.com.br
Na década de 70, o valor máximo que os segurados do INSS (Instituto Nacional
do Seguro Social) poderiam receber na aposentadoria, chamado de teto, representava
cerca de 20 salários mínimos. Atualmente esse teto “desabou” cerca de 70% e
está em R$ 4.390,24, valor que representa cerca de seis salários mínimos. Com o
envelhecimento da população é muito provável que esse valor caia ainda mais nos
próximos anos.
Contracenando com este teto, segundo dados do Centro de Políticas
Sociais da FGV, todas as famílias incluídas nas Classes Sociais A e B, e cerca
de 40% da Classe C, possuem rendimentos superiores ao teto da aposentadoria.
Com esses dados concluímos que é praticamente impossível manter o padrão de
vida contando apenas com a aposentadoria.
Mesmo com esse cenário, uma ínfima parcela da população se
preocupa em complementar a renda da previdência social com outros recursos, e
quando conseguem se aposentar pelo INSS, acabam por não deixarem de trabalhar
para não “abaixar” o padrão de vida da família.
É fato que trabalhar após a aposentadoria, é uma virtude, mas
chega uma hora na vida que todos precisam descansar, ou então a saúde pode ser
comprometida. Se planejada com antecedência a aposentadoria pode ser antecipada
sem “abaixar o padrão de vida” da família, porém, além da antecedência, boas
escolhas devem ser feitas.
Existem diversas alternativas de complementação de aposentadoria
através de investimentos financeiros como fundos diversos, previdência privada,
renda fixa, ações, etc., porém, fazendo uma análise considerando o histórico
dessas aplicações, o risco, a rentabilidade, segurança e até mesmo o emocional
e a “cultura” das pessoas, concluímos que possuir imóveis para locação é uma das
melhores alternativa para se complementar a aposentadoria.
É de senso comum que imóveis não possuem liquidez, porém, ao
pensarmos em aposentadoria, esse fator pode ser positivo. Quando se têm
aplicações financeiras com liquidez, o fator “emocional” pode colocar tudo a
perder: A vontade repentina de trocar de carro, fazer uma viagem cara, ou até
mesmo um “empréstimo” a um parente necessitado, entre outros diversos exemplos,
são acontecimentos que surgem nas nossas vidas e a nossa consciência pode
acabar pendendo para o lado emocional, deixando de lado a razão, e o dinheiro
reservado para a aposentadoria acaba sendo destinado para fins menos importantes,
muitas vezes dispensáveis e dignos até de arrependimentos futuros.
Em relação à valorização dos imóveis no Brasil, segundo a FGV os
imóveis subiram em média 12,9% ao ano desde 2004, percentual bem satisfatório
se considerarmos a poupança, que na média dá ultima década rendeu 6,14% ao ano.
Ao
se investir em imóveis para aposentadoria, devemos levar em conta que essa é
uma modalidade de investimento de longo prazo, e que além da valorização
nominal do bem, existe a rentabilidade mensal dos alugueis, que em média
representa 0,5% do valor do imóvel. A ideia de se investir em imóveis é
utilizar o
aluguel recebido mensalmente para complementar a renda sem mexer
no principal, que permanecerá constantemente valorizando.
Vale lembrar que um fator indispensável na hora de se investir em
imóveis para a aposentadoria, é a escolha de uma boa imobiliária na hora da
compra e posteriormente para administrar os bens. A escolha por administrar os
próprios imóveis por si só é um fator que impede que a pessoa se “aposente”
efetivamente, pois ela terá “muito trabalho” e no final das contas o prejuízo
real será muito maior do que as taxas da empresa administradora. ![]() |
Artigo publicado na Gazeta de Piracicaba - 14/05/2014 |