É uma área que me fascina',diz Sandra Lope - Matéria do Jornal de Piracicaba

terça-feira, 24 de junho de 2014


Funcionária da Imobiliária Junqueira há 23 anos, a hoje corretora Sandra Regina Christofoletti Lopes, 39, passou por diversos setores da empresa até chegar ao corpo a corpo com compradores. “Passei por todos os departamentos. Do setor de locação, administração de condomínios até o administrativo. Mas em 2006 resolvi tirar a credencial do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), me tornar corretora e começar um novo desafio: conhecer o departamento de vendas e me tornar gerente de vendas, área que me fascina e me motiva a cada dia, pela dinâmica de conhecer fatos novos a cada momento”, comentou.

Mãe de dois filhos (Miguel, 9, e Isabelle, 6), Sandra é formada em administração de empresas e técnica em contabilidade e tão dedicada à função que desempenha que acabou também conquistando o QNAI, título que a possibilita trabalhar como perito avaliador de imóveis.

“Decidi ingressar na carreira por causa da oportunidade que o diretor me ofereceu de crescer na empresa, me especializar em todos os setores e me realizar pessoal e profissionalmente. Além da gratificação que é ver o brilho nos olhos dos clientes quando realizam o grande sonho de suas vidas, que é ter a casa própria.”

Sandra acredita que para o corretor conquistar um cliente ele tem apenas que falar a verdade e se colocar no lugar do comprador. “Além, é claro, colocando o princípio da empatia, satisfazer as necessidades dos clientes sanando todas as dúvidas.”

A corretagem de hoje, segundo ela, se difere da atividade praticada há 40 anos pela agilidade. Sandra afirma que antes era preciso ir ao imóvel várias vezes para ver detalhes, visualizar e relembrar as condições e qualificação deles e, atualmente, o fundamental é ter um ótimo manuseio da internet e todas as inovações tecnológicas.

“Estar atualizado com a nova geração, por email, smartphone, fotos digitais, tablets, redes sociais e estar conectado às tecnologias do momento com conhecimento do mercado e visão de negócio são essenciais. Se ficarmos desatualizados as coisas não são imediatas e o resultado é fatal. Lógico que não podemos confundir modernidade com desonestidade, lembrar sempre que prevalece a questão dos bons princípios, pontualidade e ética o que aprendi com os corretores mais antigos e que estou envolvida.”

Sobre a especulação de que o Brasil caminha para uma bolha imobiliária, como a deflagrada nos Estados Unidos em 2008, a corretora é otimista e justifica ressaltando que o marcado norte-americano tem características diferentes do brasileiro.

“Somos diferentes na questão hipotecária, embora tenha alguns economista levantando esta hipótese de uma possível bolha, eu não compartilho da mesma visão. Acredito sim que haverá uma pausa na elevação de preços, mas não acredito que os valores irão cair. Em contrapartida, com índices de inflação subindo, os valores nominais dos imóveis tendem a ficar mais acessíveis. Também vejo um déficit menor de imóveis por habitante. O que confirma a lei da oferta e da procura, se a oferta aumentar, a tendência é que o valor pare de subir.”

A etapa mais difícil da carreira dela foi quando os filhos ainda eram bebês, em que tinha que conciliar a carreira com a vida pessoal. “Às vezes preciso ser uma grande guerreira para saber dividir o momento de ser profissional, mãe, esposa e dona de casa, Quando essas tarefas se cruzam necessito da compreensão de todas as partes, por isso dedico o que sou à minha família que teve paciência e soubeme dividir com alguns compromissos. Se disser que tenho tempo para tudo, estou mentindo porque me culpo por falhar bastante, brinco sempre dizendo que acordo perdendo hora e vou dormir perdendo hora. Não dá tempo de fazer tudo, mas apreendi a dividir cada coisa na sua hora e dar o melhor de mim quando estou nos devidos papéis.”

Matéria Publicada no Jornal de Piracicaba - Caderno Imobiliário